Militares Americanos Agora Precisam de Aprovação Prévia para Discutir Estratégias com o Congresso
Uma nova diretriz emitida pelo gabinete do secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, exige que militares americanos obtenham aprovação prévia antes de discutir assuntos estratégicos com o Congresso. A medida, que inclui uma lista abrangente de tópicos considerados "sensíveis", representa uma mudança significativa na comunicação entre o Departamento de Defesa e os legisladores.
Contexto da Nova Diretriz
A determinação surge após controvérsias em torno de um memorando inicial de Hegseth, que proibia todo o pessoal do Departamento de Defesa, incluindo comandantes, de se comunicar com o Congresso ou legisladores estaduais sem aprovação prévia. A CNN reportou que essa nova orientação especifica pontos considerados sensíveis, como os recentes ataques militares dos EUA contra embarcações suspeitas de tráfico de drogas na América Latina.
Reações e Preocupações
A política tem gerado reações mistas. O deputado republicano Don Bacon criticou a medida, descrevendo-a como "mais uma manobra amadora" do secretário e expressando preocupação de que isso possa intimidar os militares a se comunicarem com os legisladores. Bacon, com experiência como comandante, destacou a importância da interação entre os militares e os membros do Congresso.
Em sua conta na rede social X (antigo Twitter), Bacon escreveu: "Fui comandante por cinco vezes e nossa liderança queria que interagíssemos com membros do Congresso".
Histórico de Controles de Informação
O mandato de Hegseth tem sido marcado por esforços para controlar rigidamente as informações. Desde o início do ano, ele implementou diversas medidas, incluindo a exigência de aprovação para a imprensa divulgar informações sensíveis, com ameaças de suspensão de credenciais para jornalistas que cobrem as Forças Armadas. Essa nova diretriz se alinha a essa postura de maior controle e restrição na disseminação de informações.